Para Ben-Hur Prado, produtor cultural e vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), chegam poucos projetos culturais às empresas da cidade.
"Não tem muita gente batendo na porta do empresário com seus projetos, mostrando seu trabalho e dizendo que precisa de parceria. Não vejo grandes obstáculos em relação ao empresariado. O que pode existir é falta de afinidade com o tema e um maior hábito dos artistas de apresentarem projetos",diz.
Na avaliação de Prado, muitos empresários não sabem o que é marketing cultural e nem como usá-lo e a classe artística tem que ter isso em mente quando for apresentar seu projeto.
"Eles têm que vender a ideia desde o princípio. Falta também uma preparação da classe artística para lidar com os empresários. O empresário vê como fomentar a cultura se aproveitando disso para o seu negócio e não pelo amor à arte. O artista deve saber separar as duas coisas", diz.
Prado também criticou o trabalho dos contadores em não conscientizar os empresários sobre como utilizar as leis de incentivo de isenção fiscal, como a Rouanet e a do Audiovisual. Segundo ele, há um maior incentivo para se investir em projetos sociais ligados ao FIA (Fundo da Infância e Adolescência), por exemplo.
Outro problema é a falta de uma Lei Municipal de Incentivo à Cultura efetiva e desburocratizada. "Isso faria com que os artistas desenvolvessem com segurança seus projetos", diz.
Fonte: O Diário
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