terça-feira, 3 de julho de 2012

Setor cultural vê preocupação com possíveis cortes

Produtores culturais demonstraram preocupação com a possibilidade de cortes ou revisões nos patrocínios concedidos pela Petrobras para a área.

Em retração no país, o segmento de festivais de cinema teme que a estatal não lance neste ano a edição anual do Programa Petrobras Cultural.

No ano passado, o programa contemplou 16 festivais de cinema com até R$ 300 mil para cada um.

"A gente está muito preocupado com essa situação. Há festivais que estão realizando edições emergenciais com um quinto dos recursos necessários só para não descontinuar o evento", disse Francisco Cesar Filho, presidente do Fórum Nacional dos Organizadores de Festivais Audiovisuais Brasileiros.

Patrocinado pela Petrobras pelo forma direta (sem seleção pública), o grupo teatral mineiro Galpão diz não temer a suspensão do patrocínio atual, de R$ 1,5 milhão.

Mas, disse Beto Franco, coordenador-geral do Galpão, "preocupação sobre o futuro sempre existe". "Nosso patrocínio é renovado a cada ano."

Segundo ele, o grupo não foi comunicado pela Petrobras sobre possíveis mudanças no patrocínio.

Paulo Pederneiras, diretor do grupo de dança contemporânea Corpo, se mostrou confiante na continuidade do patrocínio direto. Foram R$ 3,9 milhões no ano passado.


"Fui pego de surpresa pela notícia, mas não estamos preocupados, nosso contrato com eles vence no final de 2013", afirmou.

Os mais preocupados com as possíveis mudanças não são receptores de patrocínios diretos como o dos grupos Galpão e Corpo. Elas afetariam sobretudo os produtores culturais cujos projetos dependem de aprovação em seleções públicas por edital.

Jornal Floripa.

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